O primeiro loteamento datado
na zona sul da cidade de Uberlândia foi em 1930, sendo este o único neste
decênio. Porém, cerca de 14% dos loteamentos localizados nessa região não
apresentam data ou documento de aprovação, visto que são loteamentos mais antigos.
Os primeiros bairros do setor sul de
Uberlândia foram: Saraiva, Lagoinha e Patrimônio (norte e noroeste do setor).
Possuíam uma população de baixa renda com condições precárias de saneamento,
vias públicas sem iluminação e malha viária sem pavimentação. Havia falta de
água para abastecer a população, os terrenos vazios viravam depósito de lixo e
entulho e quando chovia as ruas transformavam-se em lamaçais.
Nesse mesmo período, a empresa imobiliária
surge em Uberlândia auxiliando no perímetro urbano por meio de inúmeras
residências edificadas. A Empresa Uberlandense de Imóveis construiu, em 16
anos, aproximadamente 1.000 residências e comercializou 30.000 lotes. Porém,
essa vigorosa expansão urbana maximizou os problemas estruturais da cidade
devido ao aumento da população e da nova forma de produção urbana que se
instaurava.
Em 1950 um novo bairro foi estabelecido e
posteriormente denominado Tubalina (noroeste do setor sul). Tal bairro
destinava-se ao suprimento de moradias para a população de baixa renda. Já em
1960 surge o primeiro loteamento voltado para a classe média do setor sul:
Vigilato Pereira (norte do setor sul). Constitui-se numa área dotada de todos
os equipamentos essenciais as necessidades da população, cumprindo assim com a
função social estabelecida pelo planejamento. Na década de 1980 o número de
loteamentos aprovados aumentou expressivamente, atingindo um total de vinte e
três aprovações. Neste período, assim como no precedente, também foram
instituídos loteamentos para atender a todos os níveis de renda.
A razão pela qual observa-se um expressivo
crescimento na zona sul de Uberlândia é decorrente do fato de que grande
parcela das terras dessa região pertencia aos gestores da administração
pública, que compunham a oligarquia agrária da cidade. E, a partir do momento
em que a terra urbana passa a ser mais valorizada que a rural, os grandes
proprietários de fazendas voltam seus investimentos para a comercialização de
terrenos com fins urbanos.
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